O Clube Escola Ténis de Oeiras (CETO) nasceu a 17 de novembro em 1977, graças a um grupo de pessoas que tinha como paixão o Ténis.
Os primeiros professores da CETO foram o casal Leonor e Raul Peralta, que viviam na zona e tinham sido jogadores ao mais alto nível, tendo Raul participado na famosa e icónica Taça Davis pela Argentina, enquanto Leonor foi campeã nacional por várias vezes.
“O clube tinha uma componente fortemente educativa; começou com cerca de 150 alunos, mas rapidamente o número aumentou para cerca de 250”, explicou o Presidente do CETO, Carlos Falcão.
Nos primeiros anos, a coletividade funcionava no Jardim de Santo Amaro, mas em 1987, Isaltino Morais cedeu ao clube um terreno que estava abandonado, numa zona fortemente residencial e arquitetonicamente apelativa.
Em 2000 começou a parceria com João Cunha e Silva (um dos melhores tenistas nacionais de todos os tempos), que se tornou “diretor técnico do clube/escola e formou campeões” (Frederico Gil, Rui Machado, Leonardo Tavares são alguns exemplos), refere também Carlos Falcão.
Há cerca de 2 anos, “fizemos a cobertura dos campos em Santo Amaro e mudámos de piso, eram em pó de tijolo e passamos para piso rápido”, acrescenta o líder do CETO.
Para além destes 2 campos, atualmente, o clube tem 9 courts de ténis (6 em terra batida e 3 em relva sintética) e mais 4 campos de Padel, que juntamente com o Ginásio (situado no piso superior da sede), 2 restaurantes (o I Love Eat Francesinhas, especialista nesta iguaria nortenha, liderado por Marco Guarda e outro especializado na cozinha japonesa) e uma sala de fisioterapia dão um “equilíbrio financeiro” ao clube.
Com cerca de 35 postos de trabalho permanentes, o CETO tenta manter a zona em que está inserido “inalterada”, isto é, com os espaços verdes “muito bem tratados” e sem grandes transformações, até porque o bairro vai candidatar-se a Património Arquitetónico da Humanidade (pela UNESCO) e por isso, há “um trabalho conjunto entre o CETO, a Câmara Municipal e a Associação de Moradores desta zona da Nova Oeiras”, realçou Carlos Falcão.
Em termos competitivos, o CETO recebeu torneios femininos Future entre 2016 e 2018.
“Queríamos fazer também em 2019, mas tal não foi possível, vamos ver se em 2020 voltamos a ter aqui o torneio”, referiu com alguma esperança o líder da coletividade.
Para além deste torneio, o CETO conta ainda “receber cerca de 25 torneios, a maior parte nacionais, com destaque para o Open de jovens, a realizar nas Férias da Páscoa, e para os torneios de Padel, que costumam ter a participação de cerca de 120 pessoas “.
No futuro, o CETO espera “dinamizar a escola, nomeadamente ao nível da comunicação e divulgação da mesma”. Carlos Falcão terminou lamentando a “nova legislação para a construção de piscinas, pois queríamos montar uma aqui, mas como precisamos de manter nadadores-salvadores em permanência (durante a abertura do espaço), tratadores da água e outros procedimentos, acaba por ser um forte investimento e neste momento não temos condições para tal”.