O Estoril-Praia venceu o Leixões, por 2-0, em jogo a contar para a 10ª Jornada e última da Liga Revelação, disputado no Estádio António da Mota, na Amoreira.
Chegados à última jornada, só estas duas equipas podiam levantar o troféu, mas enquanto o Leixões precisava apenas de 1 ponto, os estoilistas tinham de vencer o desafio.
Portanto, era uma autêntica final, e durante todo o jogo os jogadores mostraram que isso os afetava, pois estavam nervosos, ansiosos e com medo de errar.
O nervosismo era tanto, que logo aos 10 minutos Mário Júnior teve uma entrada mais dura e vê o cartão vermelho direto, deixando o Leixões reduzido a 10 elementos.
Mesmo assim, o jogo continuou equilibrado até ao intervalo, altura em qua o marcador assinalava 0-0.
No início da segunda metade, Lucas Macula (com um pontapé à entrada da área) inaugurou o marcador, e o Estoril-Praia começou a ver a luz ao fundo do túnel.
Aos 60 minutos, André Lacxmicant foi expulso e deixou o Leixões em maus lençóis, pois passou a jogar com 9 elementos e em desvantagem, embora pela diferença mínima.
A 7 minutos dos 90, Ricardo Ferreira teve uma excelente oportunidade para empatar e dar o título ao Leixões, mas falhou o “alvo”, ao contrário de Rúben Pina, que há em tempo de descontos fez o 2-0 e colocou o Estoril-Praia na lista de vencedores desta nova competição.
A história do jogo podia acabar aqui, mas os jogadores não quiseram, pois quando faltavam 3 minutos para acabar todos os jogadores (até aqueles que estavam no banco de suplentes) “trocaram” o Futebol pelo Boxe, e protagonizaram várias cenas de pugilato perto do banco de suplentes.
Não nos apercebemos do motivo que levou a toda esta confusão, mas a festa que já se fazia no banco de suplentes do Estoril-Praia (ou algum insulto resultante do excesso de euforia) tenha provocado a ira de um jogador do conjunto matosinhense.
Depois de muita confusão, que até levou à intervenção dos stafs tecnicos das equipas, dos seguranças do estádio e dos militares da GNR, alguns jogadores esperavam pelo reatimento do jogo, mas outros recusavam-se a participar, como o guarda-redes do Leixões, que começou a tirar as luvas, enquanto um dos treinadortes-adjuntos da sua equipa tentava demovê-lo.
A verdade é que o delegado da Liga entendeu que mão havia condições e depois de consultar os regulamentos entendeu que o jogo podia terminar, pois já estavam cumpridos mais de 2/3 do desafio.
No entanto, os últimos 3 minutos não se jogaram e tal situação pode levar a protestos, embora acreditemos que o resultado prático já não muda, pois as únicas coisas que podem acontecer é a conclusão dos 3 minutos ou um protesto do Estoril-Praia (pois parece que os jogadores do Leixões é que não quiseram jogar) e assim o Estoril-Praia nunca perderia o título.
Uma última nota para a forma pouco digna como foi tratada uma jornalista que fazia a flash-interview para o canal que transmitiu: primeiro, enquanto a jornalista falava com o treinador campeão, um jogador do Leixões tirou-lhe o microfone e gritou “vergonha, isto é uma vergonha”, e depois os jogadores do Estoril-Praia “roubaram-lhe” o técnico para o atiraram ao ar e molharem-no até aos ossos, como é costume nestas ocasiões.