Uma cerimónia reduzida por força da segurança sanitária. Pandemia oblige. Das poucas pessoas presentes naquele largo do Bairro da Cruz Vermelha, há pelo menos três que se destacam: a jovem Anaísa Caridade, 11 anos, equipada com um kimono (para quem não sabe, em japonês significa roupa, neste caso, roupa de combate).
Pouco expansiva, o que não seria de esperar de uma jovem vice-campeã nacional de Karaté no seu escalão, iniciados. A irmã Marisa, mais velha, foi 3ª no nacional de sub-23 e fez o 4º lugar no campeonato nacional de séniores. Ao lado o Diogo, 15 anos, foi 3º no campeonato Nacional de cadetes.
São três karatecas que representam bem os mais de 250 jovens que a Liga Portuguesa de Karaté movimenta em Cascais nas suas 8 escolas. Mas esta, para o anfitrião, Vítor Manuel Barreiros, presidente da Liga, é “um sonho antigo”, a partir da qual espera, um dia destes, partir para a construção de um Centro de Alto Rendimento.
A simplicidade do espaço, carregado de referências à componente reflexiva do Karaté da cultura japonesa, que está na origem desta modalidade de defesa pessoal, acompanha a simplicidade da cerimónia, mas contrasta com uma época desportiva recheada de êxitos, com 4 campeões nacionais e a conquista de 11 medalhas nos nacionais de Cadetes/Júniores e Sub-21.