Paulo Neto viveu um momento emblemático na sua carreira, este fim de semana, no Rali Vinho da Madeira. Um dos mais respeitados pilotos privados do Campeonato de Portugal de Ralis atingiu a marca histórica de 100 provas no principal escalão dos ralis nacionais, algo normalmente só ao alcance dos pilotos oficiais nesta (exigente) disciplina.
Em simultâneo, o piloto de Sintra teve pela primeira vez o navegador António Costa a seu lado, numa experiência pontual mas que terminou de forma positiva, já que a dupla da ARC Sport garantiu o 6.º lugar nas contas do CPR.
“O rali foi difícil do ponto de vista físico e do ritmo bastante elevado, com condições variáveis de seco e molhado no primeiro dia, além do natural período de adaptação ao método do António Costa, que fez um excelente trabalho”, afirmou Paulo Neto, acrescentando que “gostava de ter sido mais rápido em alguns momentos, mas era importante garantir os pontos deste 6.º lugar, algo que nunca é fácil no CPR, atendendo à quantidade de pilotos oficiais”.
Segundo o piloto de Sintra, este “é o nosso melhor resultado da época até ao momento e, numa altura em que cumprimos os 100 ralis no CPR, só tenho de agradecer o apoio de toda a equipa da ARC Sport, que tem sido fundamental para este percurso nos últimos anos”, referiu o ex-campeão nacional de RC3, que também fez questão de lamentar “o trágico falecimento da menina de 8 anos na Madeira.
António Costa, que aceitou o convite de acompanhar Paulo Neto nesta prova, destacou “o empenho e a abordagem muito profissional do Paulo (Neto) ao trabalho e às indicações que fui tentando passar, quer ao nível das notas, quer da pilotagem. Este é um rali extremamente difícil para qualquer piloto. Basta recordar que no primeiro dia de prova fizemos 500 kms, entre troços e ligações, sempre com muito calor. O Paulo fez um bom trabalho e tenho a certeza que vai aproveitar esta experiência para o futuro”, destacou o navegador, tricampeão nacional absoluto com Ricardo Moura.