Rui Espada lidera um clube que olha para a formação, mas não enjeita ganhar e ser competitivo em todas as competições. O Astro Stuart Hóquei Clube de Massamá, mais conhecido como Stuart Massamá, está atualmente a iniciar a sua nova época desportiva, com uma grande novidade.
Pela primeira vez na sua “curta” história (o clube tem 10 anos, apesar de antes dessa data jogar nos escalões e competições escolares), o ASHCM vai contar com uma equipa sénior masculina, que irá militar na III Divisão – Serie Sul A, juntamente com os “vizinhos” Nafarros e HC Sintra “B”, o “histórico” Santa Cita, entre outros.
Sendo a estreia a este nível, a equipa técnica neste momento não traça objetivos, preferindo “ir jogo a jogo, com calma, vendo também a evolução dos jogadores”, que “são todos jovens dos 19 aos 22 anos de idade”, apesar de haver no plantel “um jogador de 28 anos”.
No mesmo escalão, mas no género feminino, temos a grande “coqueluche” do clube, pois a formação feminina está há muitos anos consolidada na I Divisão, e onde se bate de igual para igual com todos os adversários.
As comandadas de Ricardo Barreiros (nome mediático do hóquei patinado português) terão de enfrentar, esta época, as tradicionais equipas femininas, como o Sporting, o Benfica e o Turquel, entre outras.
Apesar de haver a ambição de ganhar, e isto estará sempre presente na mente humana, o grande objetivo do clube é formar jogadore(a)s, homens e mulheres, e por isso tem todos os escalões de formação.
Segundo o presidente Rui Espada, o ASHCM tem uma política em relação aos treinos que poucos (ou mesmo nenhum) clubes possuem: os jogadores que mais se destacarem no treino do seu escalão, podem integrar o treino seguinte, onde estarão os jogadores do escalão imediatamente acima.
É uma oportunidade de reforçar o espírito da equipa, interagir com outros colegas e incutir nos jogadores um objetivo, uma motivação, para chegar o mais acima possível, que é (obviamente) os seniores.
No entanto, a política para os mais jovens, tem que ser a “diversão” e a cultura de valores, que levarão para toda a vida, tornando-se assim melhores pessoas.
Rui Espada diz também que as duas coisas que exige é rigor e disciplina, que gosta de ver os seus atletas a “dar o litro”, preferindo perder um jogo onde os jogadores se esforçaram do que ganhar por 20-0 um jogo onde os jogadores “andaram a passear o stick”.
Quanto à disciplina, é natural haver cartões azuis e vermelhos num jogo, pois o calor e a emoção provoca este tipo de situações, mas se os cartões forem mostrados porque o atleta criticou a decisão de um árbitro, provocou a ira nas bancadas, ou andou a agredir fisicamente os jogadores adversários, o clube pune disciplinarmente esse jogador, de acordo com as suas regras internas.
O líder do emblema de Massamá ainda deixou algumas críticas às altas individualidades ligadas ao executivo camarário e da junta, queixando-se da falta de apoios, especialmente nesta altura de “vacas magras”.
Apesar de ter alguns patrocinadores, ainda gostava de contar com mais, sendo o principal objetivo a obtenção de um novo espaço para passar a usufruir dele a tempo inteiro e não dividir com a comunidade escolar o uso do pavilhão, o que acontece atualmente.
O “Desporto Escolar” e as aulas de Educação Física roubam muitas horas de treino ás equipas do clube, pois estas só podem treinar a partir do fim da tarde e os treinos estendem-se até às 00h00 (hora em que termina o treino da formação sénior).
O clube também gostaria de avançar para novas modalidades de “roller Skate”, ou seja, a Patinagem Artística, as Corridas de Patins ou Freestyle, o Skate, mas atualmente com falta de espaço é impossível realizar tal desejo.
Por fim, o ASHCM revelou que vai realizar algumas festas convívio para reforçar os laços de união da “comunidade Stuart”, com brincadeiras, jogos, comida e bebida para todos os atletas, pais e alguns convidados.
