A “Nossa Taverna”, restaurante em Algueirão-Mem Martins, tem à frente Antónia, nascida em Angola que veio para Portugal em 1998. Foi ai que teve o primeiro contacto com a restauração mas como funcionária.
“O que eu trazia era os meus conhecimentos de Angola, as comidas africanas. Chegando cá, aprendi a fazer a comida portuguesa que é o que eu faço hoje.”
Em 2010, depois de se separar do companheiro que era também seu colega de trabalho decide abrir um negócio próprio.
“Já tinha adquirido muitos conhecimentos, queria mostrar aquilo que eu conseguia fazer e abri um negócio daquilo que eu gosto de fazer que é cozinhar.”
O gosto pela cozinha é o que move Antónia mas também o gosto pelo atendimento ao público. “Gosto de lidar com o público, é uma coisa que me faz sentir bem, não me cansa aquilo que eu faço, não me cansa faço com muito gosto e não acho aborrecido. Gosto de inventar pratos, sobremesas e essas coisas todas.”
Com duas filhas, uma de 24 e outra que faz 14 em abril, nem sempre é fácil conciliar com o trabalho mas Antónia assume que tenta fazer o melhor que pode.
“Elas entendem a minha situação, entendem que a mãe tem de dar o melhor para elas, sou mãe solteira e tenho que dar o melhor para elas e para isso preciso de trabalhar. Mas não é fácil. Há noite tento sempre falar um bocadinho com elas, estar um bocadinho com elas no tempo que tenho de folga.”
“Que lutem para ser independentes, serem fortes que é muito importante as mulheres hoje em dia gostarem de si, cuidarem-se, amar-se a si mesmas e nunca esquecer que ser mulher foi a
melhor coisa que Deus fez. É uma dádiva de Deus ser mulher. Nós precisamos de mostrar que não somos fracas”, refere.
“Nós temos que mostrar que conseguimos superar tudo e podemos fazer muito mais coisas. Fazerem o que querem e o que gostam isso é o mais importante”.
