Não serão muitas as pessoas familiarizadas com um desporto denominado cycle ball, também conhecido como radball, que basicamente mistura habilidade futebolística e não menos destreza ciclística. Como dizíamos, uma prática desportiva pouco conhecida embora tenha sido criada no Século XIX.
Reza a história que este insólito desporto, normalmente praticado indoor, foi idealizado pelo alemão Nicholas Edward, em 1893, mas só décadas depois, no ano de 1929, tiveram lugar as primeiras competições internacionais. Hoje em dia o cycle ball é bastante popular em países como Japão, Dinamarca, Bélgica, Suíça, Rússia, entre outros, para além da Alemanha, o berço da modalidade.
Pouco tendo a ver com o chamado pontapé de bicicleta, habilidade muito apreciada no futebol, o cycle ball não deixa de ser muito exigente em termos técnicos. Imagine-se o leitor num jogo de dois contra dois onde o objectivo principal é marcar golos na baliza contrária, tendo para isso de usar a roda da bicicleta de forma a impulsionar a bola.
Bola essa em pano e preenchida com crina de cavalo, com cerca de 17 cm de diâmetro e pouco mais de meio quilo, que, note-se, com um “remate” eficaz pode atingir os 70 km/h. A bicicleta ajusta-se às características singulares da modalidade. Tem uma estrutura reforçada, o guiador, virado para cima, assemelha-se aos chifres de uma cabra, e a engrenagem é fixa, permitindo aos jogadores equilibrarem-se e andarem para frente e para trás.
O cycle ball é jogado num recinto com 14 por 11 metros. Cada equipa é constituída por dois jogadores, um guarda-redes, e um avançado, por assim dizer, podendo mudar de posições ao longo da partida.
O jogo divide-se em duas partes de sete minutos cada, com um intervalo relâmpago – cerca de minuto e meio. Manda a regra que a bola só pode ser tocada com as rodas da bicicleta. Jogar com as mãos é proibido, a menos que seja o guarda-redes e dentro da área da baliza. Há livres e penalidades dos quatro metros. Não é permitido aos atletas tocarem o chão.