Vítor Bruno fez o lançamento do Benfica-FC Porto, em jogo da 11.ª jornada da Liga e não tem dúvidas: «É ganhar ou ganhar». As duas equipas estão separadas por cinco pontos embora o Benfica tenha um jogo (Nacional fora). O treinador do FC Porto fala da imperiosa necessidade de vencer mas reconhece que vai encontrar grandes dificuldades no Estádio da Luz.
– Quais as expetativas para o clássico?
– É sempre ganhar ou ganhar, vai ser um jogo aliciante, sem dúvida! Não podemos ignorar que estamos na 10.ª jornada. Um campeonato não tem 11 jornadas, tem 34. O passado diz-nos que não foi no confronto entre ‘grandes’ que o campeonato se decidiu, pelo contrário. Vimos de uma derrota, queremos muito passar por cima disto no sentido de dar nova vida aos jogadores, fazê-los sentir bem. Queremos chegar à Luz, jogar e competir. Temos de jogar para ganhar, depois, o ganhar terá de ser consequência do que fizermos em campo. É um jogo que encerra grandes dificuldades para ambas as equipas. Tivemos pouco tempo para nos preparar. Já falámos dessa questão, mas não nos vamos escudar nisso. Nesses jogos o vínculo emocional acaba por ultrapassar pequenos constrangimentos. Há sempre a questão do detalhe, do talento… Temos de estar organizados e ser intensos. Temos de ser uma equipa à FC Porto!
– Quais a consequência da derrota em Roma?
– Perder é uma agonia grande, empatar também. Atacámos isso nos dias seguintes ao jogo, os jogadores foram muito sérios, e isso deixa-me profundamente tranquilo. Neste último jogo, a equipa pode ter sido traída por querer em demasia ganhar. Podíamos ter sido mais reservados na parte final do jogo, mas não faz parte do que é nosso. Temos esta vontade de ganhar. A equipa foi ambiciosa e foi traída por isso.
– Como está a equipa?
– Bom podemos olhar para o facto de, nos últimos cinco jogos, sem contar com a Lazio, não termos sofrido golos. Depende de como olhamos para o copo. As equipas evoluem, vão ganhando robustez, e a equipa tem dado sinais claros de evolução. Neste último jogo, infelizmente… Foi um jogo cruel, tremendamente injusto. Os jogadores não mereceram o que aconteceu.
– Qual o significado de Samu, Tiago Djaló e Nehuén Pérez terem sido chamados às suas seleções?
– Fico mui feliz por eles. É a valorização de um plantel novo, que está a crescer, e isso deixa-me satisfeito. Uma das minhas missões é contagiar aqueles que me rodeiam da minha energia e paixão, para que tentam aumentar os níveis de rendimento para patamares elevados, que coincidam com estes momentos marcantes.