São muitas as vitórias obtidas por Eduarda Costa Ferraz ao longo da sua carreira como atleta de Taekwondo. Esta introdução vem a propósito do mais recente sucesso da lutadora cascalense, que se sagrou bicampeã do mundo de Taekwondo, na categoria de mais de 65 anos.
A competir na vertente de poomsae, disciplina não olímpica de Taekwondo, Eduarda Ferraz mostrou, uma vez mais, agora no Mundial de Hong Kong, toda a sua qualidade, batendo as adversárias mais directas, a austríaca Bronwyn Butterworth (Prata), a alemã Iris Hitzemann e a japonesa Yukiko Takizawa (Bronze).
Tricampeã da Europa, Eduarda Ferraz já tinha arrebatado o Ouro no Mundial de Taiwan, em 2018, não tendo participado no último campeonato do mundo, em 2022, na Coreia do Sul, devido à pandemia de Covid 19.
A medalha de Ouro conseguida pela atleta lusa foi o ponto alto da representação nacional no Mundial de Hong Kong. Ainda assim é de salientar o quinto lugar obtido por Sérgio Ramos, na categoria de Sub 50, e outro quinto lugar para José Manuel Gradil, na categoria de mais de 65 anos.
De lamentar, entretanto, a ausência de alguns atletas portugueses no Mundial. Embora convocados, por razões de ordem económica (sem apoios que lhes permitisse cobrir as despesas básicas da viagem e estadia), não marcaram presença. A Federação Portugal Taekwondo assume não ter meios de suportar os custos de toda a seleção, resumindo-se a financiar os atletas com melhores prestações.
Voltando a Eduarda Ferraz, esta atleta ímpar não se deixa abater pelo avançar da idade. É cidadã pró activa, vegetariana desde os 37 anos e, à parte o Taekwondo, desdobra-se como performer e artista plástica, tendo realizado várias exposições com materiais reciclados. Defensora acérrima dos animais e da Natureza, não é de hoje o seu protesto contra a invasão de betão no concelho de Cascais onde reside.
