O Sporting tem uma jogo muito complicado marcado para esta terça-feira (20h00) em Brugge. Na conferência de Imprensa de lançamento do desafio, João Pereira mostrou-se consciente das dificuldades mas acredita na vitória apesar de não poder contar com unidades fundamentais no seu meio-campo, casos de Daniel Bragança, Morita, Pedro Gonçalves ou Nuno Santos.
– Como antevê o jogo de Brugge?
– Os jogadores vão estar confiantes e vamos lutar pela vitória. Temos de ganhar, sem dúvida.
– Sente-se pressionado?
– Eu vou até ao fim. Nunca serei um problema para o Sporting! Bom, tenho pressão todos os dias. A direção, quando escolhe um treinador, escolhe para ganhar. A direção e o clube vivem de vitórias. Depois de 11 vitórias e agora três derrotas é normal haver alguma apreensão. Estamos todos com a mesma vontade e a remar para o mesmo lado.
– Como está a encarar este período mais complicado?
– A vida nunca foi fácil para mim e se não aguentasse a pressão não estava aqui. Quando comecei a jogar à bola diziam que era franzino, que não jogava de cabeça, que não ia longe, mas tive a carreira que tive e foi uma carreira simpática para o que esperavam de mim. Quando comecei a carreira de treinador foi complicado, dizia-se que o treinador não percebia nada disto. Passados três anos fizemos uma excelente época nos sub-23 e a partir daí começaram a dizer que o João Pereira já era o futuro do Sporting. Chegámos aqui, os resultados não têm sido os esperados e o João Pereira já não presta. Não posso ter dúvidas e estou confiante que amanhã vamos fazer um bom jogo.
– A equipa tem sido muito massacrada por lesões. Como encara estas contrariedades?
– Conto com os jogadores que estão na equipa principal e na equipa B, tem de ser… Podem jogar os miúdos, a equipa vai jogar da mesma forma. Os jogadores reconhecem o que os colegas fazem nas suas posições porque algum dia podem ter de jogar lá.
– Como analisa a derrota em Moreira de Cónegos?
– Pode não ter sido o melhor jogo, mas não fizemos nada que levasse à derrota. Fomos superiores, os jogadores entraram confiantes, disponíveis, em busca da vitória.
– Concorda que o Sporting está a atravessar um período menos bom?
– Já estava mentalizado que não seria fácil. Quando se assume um cargo destes é normal. A minha mulher sofreu mais um bocado, não dormiu a partir do momento em que isto podia ser possível e sofre mais do que eu. Sofro porque não temos conseguido ganhar e fico triste como toda a gente.
