O Sporting apresentou esta quinta-feira (26/12) o sucessor de João Pereira. Rui Borges, transmontano, é o novo treinador leonino. O clube de Alvalade vai pagar 4,1 milhões de euros ao V. Guimarães e a ligação é até 2026 com outro de opção. Rui Borges optou por um discurso otimista, de quem acredita que é urgente uma sacudidela na equipa que no próximo domingo encontra o líder Benfica.
– Como se sente por assumir o comando de um dos grandes de Portugal?
– Estou feliz por estar no Sporting. Estou muito feliz e honrado por estar aqui. Não poderia estar mais feliz com o que o presidente disse. Teve a coragem de ir buscar o Rui Borges para ser líder do Sporting, estou muito honrado.
– Quem é Rui Borges?
– Sou uma pessoa de sentimento, de observar e conversar, para perceber a personalidade e o caráter. Gosto de entender os jogadores. Quero é tirar o rendimento de cada um. Aproveitamos sempre algo, porque ninguém é melhor do que ninguém nem sabe tudo. Aprendemos uns com os outros. Gosto de perceber muitas coisas em pouco tempo.
– Como sente o apoio da estrutura do clube?
– A maior confiança que me podiam ter dado é estar aqui, a ser apresentado como treinador do Sporting. O apoio é a 1.000%, não tenho dúvida de que estamos todos num só caminho, para nos ajudarmos, porque as vitórias são de todos. A confiança é absoluta.
– Qual a análise faz ao jogo com o Benfica?
– Fazer um bom jogo e ganhar, independentemente de ser o Benfica. A classificação é sempre consequência do que fizermos em jogo. Se formos competentes, vamos ganhar, e a vitória dá-nos liderança. É consequência do trabalho, é nisso que me foco.
– Tem mais semelhanças com Ruben Amorim ou com João Pereira
– É tudo diferente. Não tento imitar ninguém, sou mirandelense com muito orgulho, e, ali, trabalha-se. É isso que me tem trazido até aqui. Foco-me no trabalho, nunca duvidamos do que conseguimos. Sou o Rui Borges, com muito orgulho. À minha maneira, acho que sou um bom líder.
– Quais os objetivos traçados por Frederico Varandas?
– A um grande clube, como é o caso, pede-se vitórias e títulos, é para isso que estamos aqui, para lutar, para dar o nosso melhor. É isso que nos exigem e que eu exijo aos jogadores.
– Vai atacar o mercado de inverno?
– Temos um excelente plantel. Não é momento para falar de contratações, honestamente. Estou feliz com os jogadores que estão no plantel. Para mim, são os melhores.
– Considera ser um presente envenenado?
– Não. É o momento certo, feliz. O Sporting está em todas as frentes, estou feliz por poder estar nessa luta. A nossa ambição é acrescentar valor e troféus ao Sporting, é o que todos queremos. É o nosso foco. Para mim, é o melhor presente de Natal que podia ter tido. Não podia estar mais feliz.
– Vem aí um calendário difícil…
– São grandes jogos. Olho sempre para o próximo adversário de forma simples, o mais séria possível, independentemente de quem for.
– Segue-se o Benfica…
– É sempre o momento certo… Sou muito positivo, acredito que as coisas acontecem quando têm de acontecer. É uma oportunidade pela qual todos trabalhámos. Sou o líder do campeão nacional, não podia estar mais feliz. Quero ser feliz, aqui, no Sporting.
– Como foi a hora do adeus ao V. Guimarães?
– Um obrigado do tamanho do mundo a toda a gente do Vitória SC, não esqueço de tudo o que fizeram e acreditaram em nós, ao seu presidente, à estrutura, da rouparia à cantina. Toda a gente foi importante no nosso trajeto, nestes meses de trabalho, para realizarmos o sonho de chegar aqui. Um obrigado muito grande a toda a gente do Vitória SC, em especial, aos adeptos, pelo carinho e pelo que nos ajudaram. Estou muito feliz, muito orgulhoso, muito honrado, tal como a equipa técnica, que me acompanha desde sempre. Não tenho muitas palavras para descrever o que tenho sentido, nos últimos dias. Dias intensos, felizes, para mim e para as nossas famílias. Estou muito feliz, muito ansioso por trabalhar para conseguirmos ser o que temos sido até aqui, com trabalho. É isso que nos guia e que nos tem permitido crescer. Não tenho qualquer dúvida de que o futuro será risonho. Estou aqui para trabalhar. Sou pouco de falar, sou tranquilo, honesto, sincero e puro. Gente de Trás-os-Montes é gente de trabalho, e eu não fujo a isso. Estou muito honrado por poder representar este grande clube.