O caos instalou-se no Bairro do Zambujal, na Amadora. A PSP continua a acompanhar na manhã desta terça-feira a situação na zona onde residia o homem que foi baleado pela PSP e acabou por falecer no Hospital S. Francisco Xavier.
Fonte da PSP avança que está a acompanhar e a monitorizar todos os acontecimentos, sempre com o objetivo de acalmia de toda a situação e proteção dos moradores do bairro e que não há conhecimento de feridos entre moradores e agentes. Acrescenta ainda que a madrugada desta terça-feira foi calma.
Este bairro registou desacatos na segunda-feira à noite, com vários focos de incêndio, nomeadamente em caixotes do lixo, paragens de autocarro destruídas, um autocarro apedrejado e muita gente na rua.
Os desacatos decorreram no bairro onde vivia um homem que morreu esta segunda-feira, depois de ter sido baleado pela PSP.
Antes, a PSP tinha explicado que estava a coordenar com os bombeiros para que os operacionais entrassem no bairro para apagar os focos de incêndio, tendo também proibido a entrada e saída de viaturas do bairro do Zambujal, continuando a autorizar a circulação dos habitantes.
Segundo a PSP, os agentes deram ordem de paragem a um homem de 43 anos que, ao visualizar a viatura policial, encetou fuga para o interior do bairro da Cova da Moura, tendo o condutor entrado em despiste, abalroando viaturas estacionadas e o carro em que seguia ficado imobilizado.
De acordo com a PSP, na rua principal do bairro os agentes abordaram o suspeito, que «terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca». «Esgotados outros meios e esforços», indica a PSP, um dos polícias recorreu à arma de fogo e atingiu o homem, «em circunstâncias a apurar em sede de inquérito criminal e disciplinar».
O suspeito foi assistido no local e transportado para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, onde veio a morrer pelas 06:20 desta terça-feira. A PSP adianta que foi dado conhecimento ao Ministério Público e à Polícia Judiciária, que se deslocou ao local da ocorrência. A ministra da Administração Interna determinou hoje à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito «com caráter de urgente» sobre esta morte.
Além deste inquérito na IGAI, a PSP já tinha anunciado a abertura de um inquérito interno junto dos polícias e de testemunhas para apurar as circunstâncias que originaram esta ocorrência.