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Nani termina carreira aos 38 anos

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Imagem: Estrela da Amadora SAD

Nani colocou um ponto final da carreira. Depois de ter perdido o pai há pouco tempo, o internacional português, que foi campeão da Europa por Portugal no Euro-2016, anunciou o final da carreira de futebolista profissional, aos 38 anos, numa altura em que representava o Estrela da Amadora, que esta segunda-feira recebe esta segunda-feira (20h15) o Arouca em jogo da 13.ª jornada da Liga.

Num vídeo publicado nas redes sociais, o extremo tricolor avana a seguinte declaração: «Como todos vocês sabem, tudo tem um fim. Neste momento, tomei a iniciativa de tomar uma decisão muito importante, se calhar a mais importante da minha vida profissional, de deixar de jogar como profissional.»

«Fez-me tomar noção de que quero passar mais tempo com a minha família. (…) O futebol deu-me muito, e o meu sentimento é devolver tudo o que o futebol me deu. Tenho aqui uma grande oportunidade. Tenho sentimento de dever cumprido, de missão cumprida, após uma carreira bonita, de muitas conquistas», referiu ainda no vídeo de despedida.

Formado no Sporting, clube que representou 141 vezes na carreira, Nani foi 112 vezes internacional «AA» por Portugal (24 golos), por quem conquistou o Euro2016, e depois de despontar nos ‘leões’, a que voltaria duas outras vezes, teve como ponto alto da carreira os sete anos no Manchester United (42 golos em 230 jogos), pelo qual foi campeão europeu em 2007/08.

O Estrela da Amadora, pelo qual marcou um golo e fez 10 jogos, confirmou o fim da carreira do extremo, que contratou no último defeso. «Rescisão é de mútuo acordo. Nani é uma figura exemplar que sempre elevou, pelo mundo fora, o bom nome da cidade e as cores do país.»

Conquistou 17 títulos como sénior, com o Euro-2016 à cabeça e uma Liga dos Campeões e Mundial de clubes também como destaques, estas duas pelo Manchester United em que viveu os melhores anos da carreira, primeiro ao lado de Cristiano Ronaldo e, depois, a ajudar os últimos anos de sucesso dos ‘red devils’, ainda com Alex Ferguson no comando técnico.

Foi aí que acabou por ser nomeado várias vezes para a Bola de Ouro, sendo campeão inglês por quatro vezes, entre outros títulos, formando combinações de ataque com Wayne Rooney, Carlos Tévez, Ryan Giggs e Dimitar Berbatov, entre outros, depois de Ronaldo sair para o Real Madrid.

Em Portugal, conquistou três vezes a Taça de Portugal e uma a Taça da Liga, tendo capiteaneado o Sporting, ao qual chegou no final da formação, iniciada no Real Massamá, para se estrear como sénior em 2005/06, com 36 jogos e seis golos.

Depois de nova temporada de destaque, a transferência para o United, em que jogaria vários anos até voltar ao Sporting (2014/15, com 37 jogos e 12 golos), primeiro, e sair para o Fenerbahçe, depois, estando na Turquia na época 2015/16 que culminou com a alegria por Portugal – esteve em três Europeus e um Mundial, mas foi nesse ano que ‘brilhou’, com três golos num torneio em que acabou com a braçadeira de capitão na final, ganha à França, após Ronaldo sair lesionado.

Jogou no Valência e na Lazio, voltou aos ‘leões’ uma última vez em 2018 e, depois, embarcou para os Estados Unidos, para o Orlando City. Aventurou-se de novo na Europa, no Veneza, esteve no Melbourne Victory, na Austrália, e no Adana Demirspor, em 2023/24, voltando a ‘casa’ esta época.