Rui Borges faz a estreia no banco do Sporting este domingo e logo frente ao Benfica, em partida da 16.ª jornada da Liga. Na antevisão ao desafio deste domingo (20h30), o ex-treinador do V. Guimarães mostrou uma tremenda vontade de vencer, rejeita dar favoritismo ao líder Benfica, não adianta qual o esquema qtáctico que vai utilizar. Estas e muitas outras questões estiveram em cima da mesa de uma conferência de Imprensa realziada em Alcochete.
– Considera o Benfica favorito?
– Não! Não entrego o favoritismo ao Benfica. É um dérbi, são jogos diferentes, competitivos. Jogamos em casa e os adeptos serão muito importantes. Será um grande jogo, muito competitivo. Em alguns momentos, mais do que a qualidade, vai ser a parte competitiva que vai levar o jogo para bom ou menos bom.
– É um jogo com elevado grau de importância?
– Claro! O meu foco é ganhar sempre! Sei que será um jogo difícil, um grande jogo, que toda a gente lá fora está a falar. Longe disso. O campeonato falaremos no fim. Temos mais um jogo importante, dado o empate que trazemos detrás, e queremos ganhar. Se ganharmos, a consequência daquilo que é o nosso trabalho será sermos prmeiros. É o melhor que podemos ter. Só nos podemos focar na vitória, tudo o resto é consequência disso. Queremos ganhar!
– Sistema tático vai ser alterado?
– É possível. Se olharem para o meu passado… Já defendi em 5x2x3, em 4x4x2, já atacámos em vários sistemas, construímos a três. O sistema é uma coisa, o resto são dinâmicas que criamos, olhando também para a qualidade individual, personalidade, tomadas de decisão, características individuais. Se se agarrarem a essas pequenas coisas que falo, vamos ser melhores e fortes.
– Qual o fator mais importante, o estratégico ou o emocional?
– Ambas. É um dérbi e só por si motiva qualquer jogador. Jogadores estão motivadíssimos, ainda por cima em nossa casa. Os adeptos vão ser importantes. Vai haver momentos em que não vamos ser tão fortes, com menos qualidade, porque há uma clara adaptação aos métodos do novo treinador, independentemente do sistema. A parte de atitude, embalada pelos nossos adeptos que nos vão empurrar, será muito importante para o objetivo de chegar ao fim com a vitória”.
– Qual o favor que pode pesar mais no jogo?
– Claramente a atitude. Como é óbvio, trabalhámos 72 horas. Não vou chegar aqui e fazer magia. Não sou mágico, longe disso. Dentro do que perspetivámos, é tentar entender e fazer algumas coisas específicas que nos podem fazer tirar partido perante o adversário.
– Como encontrou o grupo?
A equipa vai estar muito longe do que queremos, vai ser aos poucos, mas encontrei um grupo muito recetivo. E isso é importante. Se eles estiverem lá mesmo quando falharem uma interceção, um passe, um comportamento defensivo, um posicionamento, a atitude tem de lá estar.
– Algum dos lesionados tem hipótese de jogar?
– Morita tem hipótese de recuperar a tempo… mas os outros estão fora de hipótese.
– Volta a encontrar o Benfica depois de o ter defrontado em dezembro.
– Podemos ir buscar algumas coisas em relação ao adversário. Em relação ao que era a minha equipa anterior, não. Os jogadores são diferentes, a equipa também. Há hábitos muito diferentes em relação à ideia de jogo do Vitória. Nada preocupado nesse sentido, mas não existe comparação para mim. Os jogadores são muito diferentes. Em relação ao adversário, é tentar perceber coisas das quais podemos tirar partido, percebendo também o que eles nos fizeram. Coisas diferentes, equipas diferentes, e foco-me no que os meus jogadores podem e poderão dar amanhã.
– Como encontrou o grupo de trabalho?
– Com vontade de treinar, de jogar, de competir e de ganhar. Ligado àquilo que era a nossa mensagem, a querer ouvir, entender. Tentámos, enquanto equipa técnica, ser curtos, não passar demasiada informação em pouco tempo, ir diluindo, para tentar perceber se conseguem encaixar algumas pequenas coisas que podem ser importantes.